terça-feira, 11 de maio de 2010

Minha Estrela

Eu bem que tentei avisar, dizer que podia confiar. A verdade fluía entre minhas palavras e escorria de meus sentimentos quando disse que era você. Palavras, porém, são como um despertador no modo soneca, quando acordamos a hora já está perdida. Mesmo assim estiquei meus braços, queria lhe mostrar meu mundo. Bastava apenas abrir os olhos no meu olhar. Tão simples, porém maravilhoso. Por você criei a sensibilidade de me tornar um lugar seguro, onde poderia entregar seus medos sem receios. Eu poderia dividi-lo com você até aprender a dominá-lo. Mas pequei ao lhe mostrar a estrela que brilhava em mim quando te vi. Ofusquei-te com meu amor e quando pôde enxergar, já estávamos perdidos um no outro. Não a culpo pelo fim, às vezes, quando o amor acontece, vem milimetricamente sem medidas. Encontrei meu caminho em um longo suspiro. Um lugar além do seu em mim. Hoje, olho para baixo para rever meus erros e não repeti-los com mais ninguém. Mas quando olho para cima, olho para aquela estrela que olhávamos juntos quando estávamos separados. E percebi que mesmo quando morre um astro, seu brilho ainda continua cegando os olhos.

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